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40204 palavras 161 páginas
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SFBNSLivro A ladeira da Saudade.
A LADEIRA DA SAUDADE

Ganymédes José
. . . .

1
Uma garota que sonhava de olhos abertos
O ônibus parou no ponto da esquina. Com a brecada, o pessoal encurralado foi para a frente e voltou para trás.
— Licença, licença! — pediu ela ao homem gordo que mal podia mover-se, tão apinhado estava o coletivo.
Por fim, ela conseguiu saltar. Cinco da tarde do verão de janeiro; lá fora parecia geladeira porque dentro estava igual a um forno. Depois, fechada a porta, o ônibus vermelho e branco seguiu o caminho.
O movimento de carros na avenida era grande. Ela precisou ficar na esquina à espera de que o sinal verde abrisse. Dezesseis anos, morena magra, cabelos compridos, macios como seda, tinha olhos pretos e nariz atrevido.
— Oi, boneca! — brincou um rapaz de camiseta.
Lília virou o rosto e ficou olhando para o sinal que continuava vermelho. Será que até o sinal demorava, para irritá-la ainda mais? Já não chegava Marcos César, aquele filhinho-de-papai?
Finalmente, o sinal verde acendeu, e ela atravessou correndo. Sim, estava irritadíssima! Marcos César não passava de um crianção, de um careta que não sabia o que queria da vida. Na véspera, ele tinha telefonado convidando-a para um cinema. Depois de muito pensar, Lília acabou topando, porque na tarde do dia seguinte não tinha o que fazer e as férias estavam uma chatice. Então, quando chegou a hora, vestiu uma camiseta olímpica, enfiou-se nas calças desbotadas, pôs uma sandália, pegou a bolsa e saiu.
Enfrentar o ônibus já havia sido a primeira prova. Por que não fazia logo dezoito anos para ter seu próprio carro?
Pois bem, depois de um ônibus superlotado, apeou na Paulista, quase em frente ao cine Bristol. Marcos César estava esperando-a na entrada. Beijinhos no rosto, eles atravessaram a galeria, puseram-se na fila para retirar as entradas. Marcos César estava caladão. Ela perguntou o que era. Ele

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