adoçao

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Embora a convivência familiar em família substituta seja difundida na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e outras Leis Cíveis, como um direito essencial ao desenvolvimento de toda criança e adolescente que se encontra em situação de abandono, seu acesso muitas vezes é dificultado pelos postulantes, já que estes restringem aspectos como idade e características físicas das crianças elegíveis à adoção. Assim, se fortalece os preconceitos, crenças e mitos no processo de adoção.
A idade do adotado é significamente buscada pelos postulantes, que estabelecem comumente o desejo pelos recém-nascidos ou crianças com até dois anos de idade. Segundo Vargas (1998), a adoção de crianças maiores de dois anos de idade, se configura, adoção tardia.
A adoção tardia, objeto de estudo da presente pesquisa, é revestida de valores de ordem cultural, que inviabilizam a concretização de adoções de crianças maiores, bem como adolescentes. Tais valores influenciam o imaginário social e, conseqüentemente, o instituto da adoção.
Os postulantes à adoção acreditam que as crianças maiores e adolescentes, podem levar para dentro de suas casas, maus hábitos advindos de suas famílias biológicas ou de instituições de abrigo. Idealizam que o recém nascido ou a criança com menor idade possível, são mais fáceis de ser moldados conforme os princípios e costumes da família substituta, e mais facilitado será o processo de adaptação entre os dois lados por haver tempo hábil para a construção do pacto sócio-familiar. Buscam através da adoção convencional, ou seja, de crianças menores ou recém nascidas, imitar a "possível" ou "almejada" relação em que existe o vínculo biológico-sanguíneo, além de acreditarem que as marcas e rejeições de abandono poderão não existir ou que sejam mais fáceis de serem apagadas.
Muitas vezes a adoção tardia também é descartada por não suprir a realização do desejo materno e paterno principalmente dos casais estéreis, de poder trocar fraldas de um

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