Adolescência e aprendizado
Nas sociedades ocidentais, a adolescência é um termo genérico para designar o conjunto de transformações biológicas e psicossociais que ocorrem durante a segunda década da vida. Essa longa transição entre meninice e a idade adulta frequentemente é vista como um período inerentemente difícil, durante o qual o desenvolvimento saudável está mais relacionado ao fato de evitar problemas que ao crescimento de competências. A crença de que o desenvolvimento do adolescente normal é tumultuoso constitui um dos vários mitos e respeito dessa fase (OFFER & SCHONERT-REICHL, 1992). Uma tarefa central da adolescência é desenvolver um senso de si como um indivíduo autônomo. O impulso para tal autonomia deriva dos processos internos e biológicos que fazem a transição para um papel mais adulto (puberdade e maturação cognitiva crescente), e das mudanças de papéis e expectativas sociais que acompanham essas transformações fisiológicas e cognitivas (ECCLES, 1999). Temos visto que à medida que os progressos tecnológicos ampliam cada vez mais, o intervalo de tempo entre o começo da vida escolar e o acesso final do jovem ao trabalho especializado, a fase da adolescência torna-se um período ainda mais acentuado e consciente; e, como sempre aconteceu em algumas culturas, em certos períodos, passou a ser quase um modo de vida entre a infância e a idade adulta (ERIKSON, 1976). A história da educação brasileira vem sendo marcada por uma crescente preocupação em se tentar explicar o fracasso escolar, o qual tem sido denunciado pelos altos índices de repetência e evasão, ocorridos nos últimos anos.(Carneiro, G. R. S.; Martinelli, S. C.; Sisto, F. F, 2003). Os sucessos e insucessos na aprendizagem entre jovens e adolescentes dependem de muitos fatores, em particular, de duas instituições, a família e a escola (VASCONCELOS, 2001). Os pais podem influenciar o desempenho educacional dos filhos envolvendo-se na educação deles, atuando como seus defensores e impressionando os