Administração

A Participação Acionária dos Empregados

"A Responsabilidade Social da empresa consiste em aumentar os seus lucros"
Milton Friedman, Prêmio Nobel de Economia 1976

Este é um mito que se propaga de forma crescente no conjunto da sociedade, sem que haja quaisquer razões substantivas que sustentem tanto alarde.A participação acionária dos empregados, tanto na modalidade das stock options quanto na dos fundos de pensão,sofre visível questionamento após um início alvissareiro na avaliação de muitos.

A experiência demonstra a violação de expectativas em relação a ambas as modalidades de participação dos empregados, pois não cumprem os papéis que se pensava capazes de desempenhar na democratização do capital das empresas.

Alega-se que se as empresas, em verdade, empenham-se em prol dos interesses dos acionistas, os empregados hoje dispõem, em contrapartida, dos stock options e dos fundos de pensão, o que também os beneficiam, em consequência, quando da valorização das ações corporativas. Assim, é bom para todos: os acionistas majoritários, os dirigentes corporativos e os empregados.

A bolsa de valores é a bússola da sociedade corporativa. Dá o tom e dita a regra.Se a cotação de uma organização cai, tanto os membros do conselho de administração quanto os gestores principais ficam com os cargos em risco de demissão parcial ou coletiva.Todos dependem dos humores dos acionistas majoritários na avaliação das razões da queda de cotação.

A bolsa de valores é orientada por um único imperativo: ganhar mais!

Não ganhar mais para compartilhar com todos, mas ganhar mais e mais para os acionistas, o que, se necessário, talvez possa significar menos e menos para os empregados e o público de maneira geral. A primazia do acionista majoritário é o centro do universo corporativo em todo o mundo. A satisfação do cliente, tão badalada nos foruns acadêmicos, é apenas um meio para a realização esse objetivo essencial, qual seja, o foco privilegiado da ação