Administração
O ensino secundário e cada um dos outros ramos do ensino médio permaneceram cursos Paralelos durante vários anos, ministrados em redes escolares próprias e sujeitas a Jurisdição de diferentes órgãos centrais da administração. A modificação dessa situação no início dos anos 1950 foi interpretada na época como uma “verdadeira revolução no ensino médio brasileiro, pois abria a possibilidade de os alunos dos cursos profissionais se transferirem para o curso secundário.
A implantação de um Estado autoritário, a partir de 1964, teve como consequência algumas transformações na área educacional. Instalou-se a educação tecnicista, atendendo às necessidades advindas com a crescente industrialização, fruto da influência do capital estrangeiro.
O agravamento da crise do sistema educacional, que já vinha de longa data, serviu como justificativa para os acordos entre MEC e a agência educacional dos Estados Unidos. Os conhecidos “Acordos MEC/USAID”, eram firmados com a AID (Agency for International Development), a qual daria assistência técnica e financeira para o sistema educacional brasileiro.
Os acordos MEC/USAID trouxeram mudanças dentro do sistema educacional - marcado por influência norte americana – que seriam um sustentáculo às reformas do ensino superior e posteriormente de 1º e 2º graus (VEIGA, 1989). Entre 1964 e 1968 foram realizados doze acordos MEC/USAID, sendo que alguns desses vigoraram até o ano de 1971. Ocorreu, assim, um comprometimento da política educacional brasileira, pois, tudo o quanto se estabelecia era convencionado pelas determinações dos técnicos americanos (GHIRALDELLI, 2000).
O novo modelo educacional desenvolveu como característica um sistema educacional autoritário e domesticador (RIBEIRO, 2000). Para Aranha (1996), a política norte-americana direcionada ao Brasil se assenta em três pilares ideológicos: educação e desenvolvimento ; educação e segurança ;