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Para Kant, a educação (instrução) é o fator para o desenvolvimento moral do indivíduo. O sentimento que tem por si mesmo um valor moral na ética racionalista é o sentimento do respeito, uma vez que este não é anterior à lei, mas é, antes, a própria lei moral que o produz no ser humano e é precisamente ele que engrandece o ser humano e o torna um ser racional que obedece à lei moral. A educação, além disso, deve ser pensada e estabelecida de tal forma que o homem seja disciplinado, culto, torne-se prudente ou que adquira civilidade, e moralize-se.
LIBERDADE NEGATIVA E POSITIVA
A liberdade negativa significa a ausência de interferências, ou seja, o indivíduo é livre para fazer tudo o que quer sem que haja barreiras para tanto, nem qualquer tipo de influência de outro ser. Ela é o sentido clássico de liberdade com ausência de restrição. Como diz Berlin, a liberdade negativa é a resposta à pergunta “Qual é a área em que um indivíduo ou um grupo de indivíduos está livre da interferência dos outros”? A liberdade negativa, quando excedida, deixa o indivíduo praticamente fora do mundo.
Já a liberdade positiva trata-se de certa autonomia ou autogoverno. Para Berlin, a liberdade positiva é a resposta à pergunta “O que ou quem é a fonte de controle ou de interferência que pode determinar que alguém faça, ou seja, uma coisa e não outra?” A liberdade positiva pressupõe que devemos de fato controlar as nossas vidas. Julgamos mal um alcoólatra que gasta o dinheiro do mês com bebidas alcoólicas. Mas não será esta a sua liberdade? Tendemos a pensar que ele agiu sob a escravidão do vício. Então o alcoólatra, ou o consumidor de crack, não é de fato livre, assim pensamos, intuitivamente. Se pensarmos apenas em termos de liberdade negativa, ficará difícil tentar alternar o pensamento dos viciados que querem mudar de vida, pois isto implicaria opor-se a liberdade negativa.
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