Administração

Pesca Esportiva
Multiplicação de conhecimentoSome a experiência dos pescadores esportivos à ciência dos pesquisadores e pronto: os serranídeos ganham uma chance de sobreviver14/08/2012 - 08:48
Helen Sacconi, para o Terra da Gente
“Tem visitante aqui, e pela força é uma garoupa!!”. A experiência permite ao pescador esportivo Nick Zahra reconhecer a espécie pela fisgada. De acordo com a ‘cabeçada’ na linha, Nick trabalha o recolhimento de forma diferente e traz o peixe do fundo em perfeitas condições para a superfície. No meio do caminho ele oferece o equipamento para os colegas sentirem a força do peixe e a sensação é a de carregar uma âncora que puxa para baixo. Novamente no comando, o pescador redobra o cuidado, e ressalta a importância da isca: “Usamos uma lulinha artificial, feita de silicone, que brilha no fundo. O movimento dela na água imita um molusco com dificuldades para se locomover. É fisgada na certa!”
*
Quando o ‘troféu’ aparece, surpreende pelo tamanho e pela incrível beleza, com escamas em tons de salmão! Retorcendo-se para compensar a inclinação do barco e ainda tomado pela adrenalina da fisgada, Nick retira do mar a garoupa (Epinephelus marginatus).
“Essa tem mais de 25 kg e vai fazer parte do projeto de preservação dos serranídeos”, sentencia o pescador. Decisão tomada, antes mesmo da tão cobiçada foto tem início uma corrida para manter o peixe o mais confortável possível. Todos se envolvem. A garoupa vive a mais de 40 metros de profundidade e quando se sente ameaçada procura a toca e infla a bexiga natatória. Assim aumenta seu tamanho, na tentativa de impedir a captura. No nosso caso, o pescador foi mais rápido, e conseguiu trazê-la à superfície antes de ela se esconder. Só que é preciso retirar o ar da bexiga natatória para mantê-la viva.
Enquanto nosso auxiliar técnico, Bernardo Piton, mantém o peixe molhado, Nick providencia um kit de agulhas e pede para eu esterilizá-lo. Imobilizada pelo próprio ar, a garoupa parece aguardar o