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545 palavras 3 páginas
DOS PROBLEMAS DA EMANCIPAÇÃO FEMININA HOJE
Aline Cristina Ferreira
Graduanda em História pela USP –
Universidade de São Paulo.

O que é o feminismo hoje? “É a luta pela igualdade entre os sexos” – esta seria a resposta consensual entre as feministas. O problema, atualmente, é como se dá essa luta. Muito se argumenta de que é óbvio que dentro de um movimento existam discordâncias, e por isso devemos relevá-las. Mas o que existe são discordâncias discrepantes. Não que não possa haver discordâncias: é bom e é preciso que haja.
Contudo, há pensamentos contraditórios, onde cada uma diz uma coisa diferente. Há, por exemplo, aquelas que falam da objetificação da mulher no funk, há outras que dizem que não há objetificação porque o funk é “libertador” – e assim cria-se uma briga sobre o que é ser feminista e o que não é. Tudo se torna ainda mais contraditório quando percebemos que o feminismo se tornou um movimento inquestionável. Ao questioná-lo, a pessoa se torna automaticamente machista e reacionária. Isso é grave, pois gera um autoritarismo que precisa ser destruído.
Todavia, o ápice da gravidade do problema é pensar como inúmeras feministas desvinculam sua luta da transformação social, ligada à totalidade das relações sociais. É desconsiderada a ideia de que não há emancipação da mulher se não houver a emancipação humana – uma coisa está ligada à outra. Também é importante destacar que uma transformação social efetiva não é protagonizada por qualquer classe social, mas sim especificamente pela classe proletária que pode e deve ter apoio de outras classes e setores explorados.
Essa denúncia já era feita pelo grupo de mulheres anarquistas espanholas
Mujeres Libres no contexto da Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Elas, inclusive, não gostavam de ser chamadas de “feministas” por não se identificarem com as pautas
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Ano 1, Vol. 1, num. 3, fev. 2014.

feministas da época que queria assimilar aspectos masculinos, em vez de expressar uma

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