Acidente Radioativo em Goiânia

Introdução
Alguns elementos químicos fisicamente instáveis detém a capacidade de emitir energia sob a forma de partículas (principalmente partículas alfa beta) ou radiação eletromagnética (raio gama), a esse fenômeno denominamos radioatividade, que quer dizer atividade de emitir raios. Quando de forma espontânea está por sua vez é obtida na natureza, podendo também produzi- la em laboratório (radioatividade artificial ou induzida).
Descoberta durante o século XIX, a radioatividade proporcionou benefícios de suma importância e revolucionou áreas como a medicina, a indústria e a ciência. Há controvérsias. Como há males quem vem para o bem à radiação não é uma exceção, pois quando em contato com os seres vivos produz efeitos dos mais adversos possíveis, ocasionando até mesmo alterações no DNA das células.
Acidente Césio 137 Goiânia
O acidente teve início no dia 13 de setembro de 1947, ocasionado pela falta de informação dos seus causadores juntamente com a irresponsabilidade do Instituto Goiano de Radiologia. Neste período o mesmo já havia cessado suas atividades, e abandonado no local um aparelho que realizava radioterapia. Este por sua vez continha em uma cápsula blindada o chamado Césio- 137. O aparelho fora furtado por dois amigos, Vagner e Roberto, em razão do valor comercial.
O Césio 137 encontrado na cápsula é um isótopo radioativo, resultado da fissão nuclear do urânio ou plutônio. Recebe o número 137 por razão da desintegração do composto dando origem ao Bário 137 que se dissocia em um pó de cor azul e fosforescente, altamente nocivo aos seres vivos.
Ambos os amigos totalmente desprovidos de quaisquer informações sobre o aparelho removeram- o com o intuito de vender partes de metal e chumbo para ferros-velhos da cidade como material reciclável. Assim transportaram- o até a casa de Roberto e violaram a cápsula contendo material radioativo. Nos dois amigos já havia manifestado os sintomas provocados pela emissão de radioatividade, até então