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DESCRIÇÃO DO ACIDENTE
Paula Valeria da Silva, 35, era funcionária da CSN havia 5 anos. Na manhã de quinta, 19, ela entrou na fábrica às 6 horas para mais um turno de trabalho e cerca de 90 minutos depois estava morta. Paula foi atropelada por uma empilhadeira no Entreposto 8 do setor de embalagens da Usina Presidente Vargas. O motorista, um funcionário experiente da Julio Simões Logística (JSL) estava, até ontem, sexta, 20, em estado de choque, sem condições de falar sobre o acidente. O clima que se instalou nos entrepostos da siderúrgica foi tão ruim que a CSN reconheceu a situação e liberou os funcionários para irem embora para as suas casas, o que não é comum. O corpo de Paula permaneceu na usina até por volta das 12 horas, quando foi liberado para ser sepultado. Em entrevista ao aQui, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Silvio Campos, contou que recebeu a notícia do acidente por volta das 7 horas. “O cenário era terrível. Havia muito sangue. A situação estava tão ruim que a própria CSN reconheceu a dificuldade que seria para os colegas da Paula continuarem a trabalhar naquele dia. Todos foram dispensados e o setor permanecia fechado até hoje (sexta, 20)”, contou Silvio, que não soube precisar o que realmente aconteceu. “O operador de empilhadeira está chocado, ele não consegue falar nada e está sob efeito de remédios. Ele é um trabalhador experiente, tem cursos na área de operação de empilhadeira e nunca tinha se envolvido em qualquer acidente do tipo”, relatou Silvio. Ainda segundo o sindicalista, a provável hipótese é de que nem o operador nem a funcionária tenham visto um ao outro. “A Paula tinha 5 anos de CSN e estava muito habituada à área, ao setor, ao trabalho. Estava acostumada com o serviço. Quando eu vi o corpo, fiquei bem arrasado porque ela usava todos os equipamentos de segurança exigidos pela CSN, o que a gente chama de EPIs. E ela segurava na mão o rádio. Mas a gente acredita que ela não falava ao rádio no momento do acidente; ele estava