Acao do tempo

AÇÃO DO TEMPO: uma metáfora do relógio na transformação do nosso cotidiano Osvaldo Manoel Corrêa
Resumo
O tempo é elemento fundamental em nossas vidas: nossos trabalhos, estudos, lazeres e desejos são vivenciados pela perspectiva do relógio. No entanto, atribuímos ao tempo uma determinada naturalidade, um certo caráter de regularidade inatingível e, muito raramente, refletimos criticamente sobre ele.
É nesse contexto que devemos atentar para o fato de que a exploração dos problemas relativos ao tempo pode nos trazer revelações interessantes sobre nós mesmos e sobre os seres humanos em geral. E, ao tratarmos da subjetivação das normas sociais através do processo civilizador, é necessário percebermos a metáfora do relógio e sua função social de mensuração do tempo que, de fato, passou a orientar as nossas relações com o mundo, com os outros e com o transcendentes. Sendo assim, é na perspectiva de um tempo social que queremos pensar os impactos na globalização do tempo e suas possíveis repercussões no nosso cotidiano pós-moderno. Palavras chaves Relógio, trabalho, tempo pós-moderno, produção e consumo. Introdução O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre a ação do tempo – uma metáfora do relógio na transformação do nosso cotidiano, tendo como base o curso Ciência, tecnologia e sociedade: um enfoque filosófico, ministrado pelo Prof. Dr. Javier Bustamente Donas e a obra Técnica y Civilización, de Lewis Mumford (mais especificamente o primeiro capítulo “Preparación cultural” e, dentro deste, o tópico “El monastério y el reloj”), no qual investigarei como o espírito da Modernidade está representado pela criação dessa máquina que hoje é capaz de dominar a vida de todos nós num mundo globalizado. Interessei-me pelo assunto através do vídeo A questão dos paradigmas, de Joel A. Barker, em que o relógio é apresentado como um paradigma da sociedade moderna. Meu propósito aqui é pensar a metáfora do relógio na sociedade contemporânea e