Absolutismo inglês

Absolutismo é uma teoria política que defende que uma pessoa (em geral, um monarca) deve obter um poder absoluto, isto é, independente de outro órgão, seja ele judicial, legislativo, religioso ou eleitoral. Os teóricos de relevo associados ao absolutismo incluem autores como Maquiavel, Jean Bodin, Jaime I de Inglaterra, Bossuet e Thomas Hobbes. Esta idéia tem sido algumas vezes confundida com a doutrina do "Direito Divino dos Reis", que defende que a autoridade do governante emana diretamente de Deus, e que não podem ser depostos a não ser por Deus, defendido por alguns absolutistas como Jean Bodin, Jaime I e Jacques Bossuet.

O Absolutismo inglês tem início com a dinastia Tudor (1485-1603) e termina com a dinastia Stuart(1603-1642).O absolutismo inglês difere substancialmente do francês. Desde 1215 com a Magna Carta, o Parlamento limitava o poder real, com o governo da dinastia York o poder real ficou desacreditado, mas a nobreza passava também por um processo de debilitamento devido à Guerra dos Cem Anos e a Guerra das Duas Rosas.
É um absolutismo de fato e não de direito, baseado mais no consenso popular que na teoria do direito divino dos reis. A Inglaterra na época cobria apenas a metade sul da ilha. Ao norte existia o semi-bárbaro reino da Escócia, envolvido em seculares disputas com os ingleses. Na fronteira escocesa e em Gales, vivia-se em plena Idade Média, reconhecendo-se apenas os senhores locais. Na Irlanda a autoridade do lugar tenente do rei, não passava do pale, fortificação que cercava a cidade de Dublin. O povo inglês arruinado pelas seguidas guerras queria paz. A França e a Espanha dispunham de grandes burocracias, fortes sistemas judiciários subordinados, grandes tesouros e os parlamentos quase não se reuniam. Os monarcas absolutistas ingleses não tinham nada disso. O Exército é temporário, desfeito após as guerras. O rei possui um minúsculo corpo de guarda , não conta com uma burocracia e o Parlamento reúne-se mais ou menos regularmente