aagrotoxicos

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1 INTRODUÇÃO

Os agrotóxicos e defensivos agrícolas possuem a mesma origem: a reciclagem das sobras e tecnologias de armamentos e explosivos, que após o fim da 2ª Guerra Mundial foram redirecionados para o desenvolvimento de um modelo de agricultura extensiva e relacionados diretamente com insumos artificiais, mecanização da produção agrícola e industrialização dos alimentos.
O avanço tecnológico chega associado aos meios de produção capitalista, que muito mais se preocupam com os fins do que com os meios. Nessa forma de ocupação, apropriação no espaço rural cria situações das mais diversas, que contribuem para degradação do ambiente, pois os agrotóxicos estão entre os mais importantes fatores de risco para a saúde dos trabalhadores e o meio ambiente.
Desde a década de 1950, quando se iniciou a “Revolução Verde”, foram observadas profundas mudanças no processo tradicional de trabalho na agricultura bem como em seus impactos sobre o ambiente e a saúde humana. Novas tecnologias, muitas delas baseadas no uso extensivo de agentes químicos, foram disponibilizadas para o controle de doenças, aumento da produtividade e proteção contra insetos e outras pragas. Entretanto, essas novas facilidades não foram acompanhadas pela implementação de programas de qualificação da força de trabalho, sobretudo nos países em desenvolvimento, expondo as comunidades a um conjunto de riscos ainda desconhecidos, originado pelo uso extensivo de um grande número de substâncias químicas perigosas e agravadas por uma série de determinantes de ordem social.
Diante da diversidade dos agrotóxicos, fez-se necessário classificar estes produtos em categorias: Inseticidas, herbicidas, fungicidas e outros (OGA, 1996). Os inseticidas, principalmente os organofosforados, são os mais utilizados na agricultura (HASHIMOTO, 1998). Por serem absorvidos rapidamente por vias dérmica, respiratória e trato digestivo, quando da aplicação da técnica de pulverização.
O acúmulo de produto tóxico traz sérios

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