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1452 palavras 6 páginas
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR
CURSO: LETRAS
DISCIPLINAS: DIREITOS HUMANOS E AMBIENTAIS / PSICOLOGIA E RELAÇÕES INTERPESSOAIS
ALUNA: MARTHA CARVALHO

Fichamento

Salvador: pobreza, figurações e territórios

Antonio Mateus de Carvalho Soares
Sociólogo

A metrópole soteropolitana, urbana cresce a cada instante – o percentual de urbanização avança de 96,6% em 1991, para 98,4% em 2000. Em concomitância a este processo, observa-se a consolidação de um complexo quadro de periferização e empobrecimento urbano. Salvador, terceiro aglomerado populacional do país, é periferia do sistema capitalista no Brasil e possui uma urbanização, marcada por um “padrão periférico” obediente às lógicas do capital e às investidas das forças imobiliárias.

O trato com dados referentes à pobreza guarda em si um complexo cruzamento de variáveis que quando não bem interpretadas podem gerar análise poucos precisas. Assim, para as necessidades deste estudo, daremos maior importância para tentativa de constituição inteligibilidade para a pobreza enquanto fenômeno social e como ela se manifesta no tecido urbano de Salvador. É uma obviedade necessária se afirmar que Salvador guarda um dos maiores índices de pobreza e desigualdade social do país. Deste modo, dentro da amplitude dimensional que o fenômeno da pobreza urbana pode tomar, focalizaremos a pobreza de Salvador em suas interfaces com a segregação, periferização e exclusão social.

A pobreza de Salvador e sua trajetória histórica de acúmulo de carências é tema de discurso que cerca os movimentos sociais; é justificativa para a busca de financiamentos internacionais; é objeto de intervenção nas falaciosas propostas políticas, e ainda, campo especial de pesquisa do discurso sociológico e/ou técnico. A pobreza e seus índices se transformaram nas últimas décadas em palavras legitimadoras da necessidade de reafirmação e de luta pelos direitos sociais, pela igualdade e justiça.

A questão da pobreza remete também à

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