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1156 palavras 5 páginas
Resenha Crítica da Obra dos Delitos e das Penas, por nome do aluno.

BECCARIA Cesare. Dos Delitos e das Penas. Tradução: Torrieri Guimarães. 1 ed. São Paulo: Martin Claret, 2007.

Cessare Bonesana, marquês de Beccaria nasceu em 1738 em Milão, falecendo no ano de 1794. Formou-se em Direito na Universidade de Parma em 1758. Em 1764 Publicou a sua grande obra “Dos Delitos e Das Penas”.
No passado a igreja possuía uma forte influência nas decisões jurídicas. Pensamentos contrários à religião eram vistos como uma verdadeira heresia.
Não havia uma proporcionalidade entre os crimes cometidos e as penas, ou seja, muitas vezes o cidadão cometia um delito leve que lhe custava à própria vida. Atualmente a razão entre crimes e suas punições, muitas vezes se mantém inversamente proporcionais, uma vez que temos instalados no nosso sistema carcerário, réu primário que furtou um eletrodoméstico, que furtou alimento no supermercado, enfim, que cometeu um delito leve enquanto agressores, assassinos e corruptos gozam de sua liberdade. E é essa falta de proporcionalidade penal que o filósofo Cesare Bonesana relata em sua obra Dos Delitos e Das Penas, claro que relatada de outra maneira, afinal eram outros tempos, no entanto possuindo a mesma lógica de desigualdade penal vivida hoje.
Cesare Bonesana relata os absurdos jurídicos, que aconteciam na França durante a segunda metade do século XVIII. Nessa época a influência da igreja era tamanha que o autor cita: “Repito, pois, que, se quiserem dar ao meu livro a honra de uma crítica, não comece por me atribuir princípios contrários á virtude ou à religião, pois tais princípios não são os meus; em ligar de me assinalar como um ímpio ou um sedicioso contentem-se em mostrar que seu mau lógico ou ignorante político...”, sendo assim, é nítida a preocupação do autor com relação a opinião da igreja sobre o seu livro, uma vez que a sua obra seria interpretada como uma heresia. Obviamente ele não deixou se levar pelo medo de ser punido,

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