8223662

578 palavras 3 páginas
Quando todo mundo estava se perguntando “que porra é essa que está acontecendo em Fukushima?”, o venerado cientista canadense David Suzuki apareceu com o alerta mais sinistro até agora.

“Fukushima é a situação mais aterrorizante que posso imaginar”, disse o ambientalista ao público da Universidade de Alberta no dia 29 de outubro. “O governo está em total conluio com a TEPCO, a companhia de energia. Eles estão mentindo descaradamente.”

Além das revelações de vazamentos radioativos maciços do reator derretido para o mar – aproximadamente 300 toneladas por dia – Suzuki citou uma pesquisa da Universidade de Tóquio que prevê 70% de chance de outro terremoto de magnitude acima de 7 para 2016.

“Se o quarto reator realmente enfrentar um terremoto, e se essas hastes de combustível forem expostas, é adeus Japão”, profetizou ele, “e a costa oeste da América do Norte terá que ser evacuada. Se isso não é assustador, não sei o que pode ser.”

Vindo de um homem votado como um dos “Maiores Canadenses”, não é surpresa que o alerta do eco-guru tenha se espalhado como um derretimento nuclear nas redes sociais. Mas, dada sua formação em genética, não em física nuclear ou radiobiologia, devemos mesmo ficar tão alarmados?

Eu queria ir a fundo nessa história e descobrir quais são os fatos, então procurei um especialista. Falei com Malcolm Crick, secretário do Comitê Científico de Efeitos da Radiação Atômica das Nações Unidas (UNSCEAR em inglês). Ele me ligou recentemente de Gênova.

“Minha percepção é que os efeitos do vazamento, fluxo e isso chegando ao mar estão sendo confundidos de alguma forma e provavelmente sendo comunicados equivocadamente”, o cientista me disse. “Isso está levando as pessoas a temer a situação, talvez mais do que deveriam, em vista dos efeitos da radiação na saúde, apesar de haver coisas em que realmente precisamos prestar atenção.

“Apesar dos problemas no local exigirem cuidados sérios e soluções, isso não aumenta as doses ou riscos à saúde

Relacionados