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890 palavras 4 páginas
Sócrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. Filho de um escultor e de uma parteira, ele foi soldado, escultor, senador, e a partir da maturidade, filósofo. Alegando que desde criança ouvia a voz de Deus instigando o ofício da filosofia, Sócrates passou a perambular pelas ruas de Atenas feito um pregador laico (que não aceita ou recebe influência religiosa) com a missão de ajudar as pessoas a descobrir nelas mesmas o conhecimento que as conduziria a virtude. Sem cobrar dinheiro algum, aberto a quem quisesse ouvi-lo, ricos ou pobres. A pergunta essencial de Sócrates era: O que é a essência do homem? E ele respondia: O homem é a sua alma. Alma como razão e eu consciente como consciência intelectual e moral. Sócrates e os filósofos sofistas abandonaram a preocupação dos filósofos pré-socráticos em explicar a natureza e se concentraram na problemática do homem. No entanto, contrário aos sofistas, Sócrates se opunha ao relativismo (teoria filosófica baseada na relatividade do conhecimento) de seus valores. Os sofistas valendo-se da arte da argumentação relativizavam os valores da ética e da moral, defendendo o que ou a quem quer que fosse desde que bem remunerados. A eles, Platão chamou de impostores e malabaristas de argumentos. Sócrates não deixou nenhum escrito, e tudo que se sabe de suas ideias está nos textos militares de Xenofontes, nos textos cômicos de Aristóteles, e principalmente nos textos filosóficos de Platão, o seu melhor discípulo. Sócrates acreditava que todos nasciam com conhecimento, e que cabia ao mestre realizar o parto desse conhecimento. Ele entendia que só o conhecimento que vem da alma é capaz de revelar o que é justo, bom e certo. Para “conseguir” este conhecimento, Sócrates aplicava um método dialógico que ele chamava de maiêutica que significava "funções da parteira" em clara homenagem á sua mãe. Ele dizia que assim como sua mãe ajudava a trazer a luz à vida, o filósofo ajuda a trazer a luz à verdade, basta usar a razão.

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