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DIGESTÃO DE LIPÍDEOS EM RUMINANTES1
Introdução
O estudo da digestão dos lipídeos em ruminantes vem merecendo cada vez mais atenção em função de que a dieta dos ruminantes, que antes era apenas baseada em pastagens, agora recebe suplementos variados, afim de que possam atingir alta performance produtiva. É o caso, por exemplo, dos bovinos leiteiros que a cada geração estão mais produtivos e consequentemente mais exigentes em nutrição. No caso dos lipídeos em uma dieta com uso exclusivo de forragens, teremos um percentual baixo na ordem de 1 a 4% na sua dieta (Van
Soest 1994). Quando passamos a usar concentrados a base de grãos nas dietas, esse valor passa para 5 a 6% e nesse caso os lipídeos passam a desempenhar um papel energético importante para o animal. Em algumas situações especiais há o uso de gorduras na alimentação de bovinos com o objetivo de incremento energético sem a necessidade de aumentar os carboidratos fermentáveis no rúmen. Os carboidratos fermentáveis no rúmen consistem da principal fonte de energia na dieta. A energia desses carboidratos é liberada pelo processo de fermentação no rúmen produzindo calor. O calor liberado aumenta a temperatura corporal levando o animal a ficar sujeito a estresse calórico. Os lipídeos, ao contrário dos carboidratos, não são fermentados no rúmen e, portanto, não produzem calor.
Dessa forma podem ser adicionados à dieta como estratégia na redução do estresse térmico, principalmente no verão. Com isso se evitam problemas de acidose ruminal e balanço energético negativo principalmente no pós-parto e em casos de calor muito intenso. Mesmo com o baixo teor de gordura que os vegetais apresentam em uma dieta exclusiva a pasto, os ruminantes são capazes de suprir sua demanda por ácidos graxos essenciais. No caso dos ruminantes os dois ácidos graxos que não são sintetizados no organismo e que precisam estar nos

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