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9439 palavras 38 páginas
Os indicadores financeiros tradicionais explicam a geração de valor no Brasil?
Um estudo empírico com empresas não financeiras de capital aberto
ANA CAROLINA COSTA CORRÊA Professora da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). E-mail: carolcorrea@yahoo.com
ALEXANDRE ASSAF NETO Professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (USP). E-mail: assaf@terra.com.br
FABIANO GUASTI LIMA Professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (USP). E-mail: fabianoguastilima@gmail.com

RESUMO
No contexto atual dos mercados globalizados, as empresas enfrentam uma competição cada vez mais complexa na obtenção de capital. Para atraí-lo, elas precisam oferecer retornos que remunerem o risco assumido pelos investidores, ou seja, gerar valor. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar se os indicadores financeiros tradicionais, normalmente usados na análise financeira, estão relacionados à geração de valor nas companhias abertas não financeiras brasileiras. As técnicas estatísticas utilizadas foram: correlação, regressão múltipla, regressão em painel e regressão logística. Um dos principais resultados encontrados foi que pelo menos dois terços dos indicadores financeiros utilizados para análise de empresas não explicam a geração de valor. Com base no universo pesquisado, os indicadores significativamente relacionados à geração de valor, que podem ser considerados direcionadores gerais de valor do mercado brasileiro, foram: retorno sobre patrimônio líquido (ROE), retorno sobre ativo (ROA), spread do acionista, margem bruta, margem líquida e giro do ativo, todos com relação direta com valor econômico agregado (VEA). Além disso, na análise dos setores econômicos, por suas características específicas, encontraram-se divergências entre os indicadores financeiros considerados direcionadores de valor em cada um deles.
PALAVRAS-CHAVE
Valor econômico

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