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HIPOCINESIAS
Introdução
A evolução tecnológica do ser humano vem, através dos séculos, causando uma série de transtornos ao seu corpo.
O primeiro deles surgiu, certamente, com a necessidade do homem de carregar suas primeiras armas e ferramentas. Como a maneira mais conveniente de realizar essa tarefa era com as próprias mãos, o homídeo primitivo teve que adotar, a partir de então e de forma permanente, a posição ereta. Inaugurou-se, assim, a era das lombalgias e das agressões posturais sobre a coluna vertebral.
TOFFLER (1980) ensina que algumas descobertas produziram verdadeiras revoluções tecnológicas (chamadas por ele de ondas) no modus vivendi da humanidade. A primeira onda teria sido causada pela agricultura que acabou com o predomínio da caça e do extrativismo na economia, possibilitando o abandono da vida nômade.
Em seguida, a máquina a vapor deu origem à Revolução Industrial e tirou da força animal (a humana, inclusive) a predominância na produção e transporte das riquezas.
Por fim, o computador liberta o homem das barreiras físicas que o prendiam diretamente aos meios de produção, permitindo-lhe escolher o horário e o local de controle do processo produtivo. Pelo menos teoricamente, uma fábrica de televisores em São Paulo pode, por exemplo, ser controlada por meio da Informática e da Telemática, a partir da praia de Ipanema, a mais de 400 km de distância.
Pouco a pouco o homem foi ficando independente de sua capacidade motriz para se locomover, sobreviver e garantir sua segurança.
Em termos de desuso do corpo no trabalho, o século XX teve uma repercussão maior que toda a história da humanidade acumulada, sem que esse espaço de tempo tivesse sido suficiente para possibilitar ao organismo qualquer tipo de adaptação morfológica à sua nova função.
KUNTZLEMAN (1978, p.18) relata que “o Dr. Donald Cooper da Oklahoma State University estima que somente 2% dos americanos adultos realizam uma quantidade suficiente de exercícios físicos no seu cotidiano laboral, ao