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ARQUITETURA DA DESTRUIÇÃO
O filme “Arquitetura da Destruição” do diretor sueco Peter Cohen é ao mesmo tempo chocante e esclarecedor, sendo sem dúvida, a visão de uma pessoa que tem bastante conhecimento e pesquisa sobre o assunto. O longa-metragem tem como pano de fundo de toda a megalomania de Hitler seu irracional desejo de embelezar o mundo, evidente que começando e priorizando o III Reich e expandindo pros territórios que fosse conquistando.
Como Peter Cohen deixa bem claro, é importante destacar que não se trata de um embelezamento superficial, que só contasse com imponentes construções arquitetônicas. O processo era mais longo e mais fundo, desde as artes em geral até a tentativa de uma saúde perfeita e de uma estética irreparável para o povo alemão, incluindo, evidente, o extermínio de judeus.
Hitler e demais membros do governo nazista tinham um grande apreço pela arte, sendo o füher, inclusive um pintor frustrado, algumas de suas gravuras seriam aproveitadas como modelo de projetos arquitetônicos. Sendo a Alemanha um país de homens que aspiravam servir as artes, havia inúmeras manifestações artísticas, como o Dia da Arte e uma instituição de defesa da arte alemã. Hitler fazia questão de anualmente realizar exposições de arte genuinamente alemã, mesmo nos conturbados anos de guerra, onde comprava centenas de obras.
Os discursos de Hitler são um dos exemplos da característica artística de seu governo. Eram a máxima expressão da teatralização, verdadeiros espetáculos encenados, numa visão de que o “comício como o mito do corpo do povo”, era um grande show coreografado com Hitler atuando como diretor, coreógrafo e ator principal, que sem se descuidar de nenhum detalhe, levava a as massas à histeria coletiva a cada frase discursada.
Ele transcendia a idéia de política tradicional Hitler abominava as artes modernas, como as vanguardas européias futuristas e dadaístas. Gostava de chamá-las de arte degenerada, associando-as aos bolcheviques e que dizendo que

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