50 anos de psicologia no Brasil
A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos, mas nem sempre foi reconhecida assim. Apenas no século XX, mais especificamente nas décadas de 20/30, com o Behaviorismo (ciência do comportamento) foi que a psicologia conseguiu se estabelecer como ciência.
A Psicologia teve como seus primeiros pensadores, os filósofos gregos clássicos, por volta de 200 anos a.C. e há quem considere que ela tomou posse, por assim dizer, do objeto de estudo da filosofia. Foi só a partir da Revolução Científica dos séculos XVIII e XIX com a definição de novos campos de saber que foram criadas as condições para o surgimento de uma ciência psicológica. Hoje, a Psicologia é um fazer intimamente associado à consciência que é solicitado pelos diversos segmentos da sociedade, tendo seu discurso entrelaçado no cotidiano de qualquer indivíduo. Os profissionais constroem e estão presentes no dia-a-dia das escolas, das universidades, dos postos de saúde, dos hospitais, do trânsito, da mídia, da arte e nas diversas esferas de participação.
Embora a graduação na área tenha tido início na década de 50, como profissão, a Psicologia foi regulamentada somente em 27 de agosto de 1962 com a Lei 4119, completando assim, em 2012, seus 50 anos no Brasil.
Manifesto Antimanicomial
Muito associada à Psicologia, a Psiquiatria, especialidade da medicina que lida com a prevenção, o diagnóstico, e o tratamento das diferentes formas de sofrimentos mentais orgânicos, tem enfrentado uma luta contra o internamento em manicômios como a única solução para esses sofrimentos graves, como a esquizofrenia e a demência, que tanto afetam a vida do portador, bem como de suas famílias. Embora o tratamento nesses “asilos” tenha evoluído com o tempo, não sendo mais comum tratamentos à base de eletrochoque, lobotomia e camisas de força, a realidade ainda era péssima. Pacientes, muitas vezes “abandonados” pela família, passavam a vida