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Uma análise sobre o filme “Entre os muros da escola” e suas possíveis relações com a profissão do educador.

O filme Entre os muros da escola do diretor Laurent Cantet conta a história de Fraçois e seus colegas professores que preparam o novo ano letivo de uma escola da periferia parisiense. Munidos de boas intenções, eles se apoiam para tentar manter vivo o estímulo de dar a melhor educação a seus alunos. Na sala de aula, um microcosmo da França contemporânea, choque entre as diferentes culturas dos jovens que por mais inspiradores e divertidos que sejam, desanimam seus professores e os desestimulam com seus projetos de melhorias que beneficiariam os adolescentes. No filme francês “Entre os Muros da Escola” a função escolar se apresenta de maneira tradicional, ou seja, a instituição escolar pauta-se em reproduzir os ideais da elite francesa. O fato se explicita no momento em que o professor Marin ensina o “imperfeito do subjuntivo” e uma aluna questiona o uso no cotidiano, alegando haver falta de usualidade do tempo verbal pelas pessoas.
Nesse sentido, devemos lembrar que, no passado, as escolas, em sua maioria, atendiam a alunos de classes sociais privilegiadas que dominavam a variedade de prestígio da língua e estavam inseridos em tornos microculturais caracterizados por práticas de letramento valorizadas socialmente. Escolas com essa configuração compunham grupos sociais cujos membros vivenciavam, de modo naturalizado, práticas de letramento marcadas por níveis expressivos de escolarização. Hoje, com a universalização do acesso à educação básica, muitas escolas atendem a alunos cujas variedades lingüísticas e práticas de letramento se distanciam daquelas valoradas e requeridas em espaços sociais caracterizados pela cultura escolarizada.[1]

No entanto, o professor Marin não demonstra que a linguagem é um marcador social, esclarece o que “imperfeito do subjuntivo” é um modo diferente de falar, mas foge das exemplificações e não diz em quais

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