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1989 palavras 8 páginas
INTRODUÇÃO
Os psicólogos, ao lado de outros trabalhadores que atuam em instituições escolares, se deparam com e são incitados a responder a inúmeros problemas e desafios que atravessam o campo da educação atualmente (Costa, 2003). Não bastasse a magnitude de tal demanda, que remete a questões que dizem respeito a múltiplos contextos e embates sociopolíticos, eles ainda têm que lidar com uma difícil herança - e todo questionamento e efeitos que a acompanham -, aquela resultante de certas práticas que marcaram o trabalho dos profissionais da psicologia no âmbito escolar e educacional.
Sensível a essa situação e apostando na contribuição dos saberes e fazeres dos psicólogos para o desenvolvimento de uma educação de qualidade para todos, o Sistema Conselhos de Psicologia dedicou o ano de 2008 à educação, organizando, em todo país, uma série de eventos que culminaram, em abril de 2009, no Seminário Nacional do Ano da Psicologia na Educação. Assim, a categoria se mobilizou para revisar sua história e trajetórias no campo, repensar formação inicial e continuada, discutir posturas, alianças e parcerias, rever técnicas e estratégias, debater práticas, princípios, compromissos e políticas, de modo a definir proposições, a traçar orientações para o trabalho na interface psicologia/educação (Conselho Federal de Psicologia, 2009).
Por ser docente e supervisora de estágio de psicologia no campo da educação, trabalho há bastante tempo com as expectativas acerca do lugar da psicologia em instituições escolares e com os processos em torno da tensão demandas/práticas psicológicas. Para além da percepção de certo hiato (por vezes, descompasso) entre a produção acadêmica (conhecimentos teóricos e/ou críticas) e o cotidiano dos fazeres, chamava minha atenção a escassez de espaços de interlocução entre os profissionais que atuavam em diferentes contextos escolares e educacionais.
Em função disso, e buscando somar esforços ao empreendimento do Ano da Psicologia na Educação,

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