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ILUMINISMO OU BARBARIE:

A crise da civilização moderna

O texto expõe a crise existente no projeto civilizatório da modernidade que foi elaborado pela Ilustração européia a partir dos motivos da cultura judeo-classica-cristã e aprofundado nos dois séculos seguintes por movimentos como o liberal-capitalismo e o socialismo e que tem como ingredientes os conceitos de universalidade, individualidade e autonomia, estes três pilares estão ameaçados pela barbárie que se avoluma em todo o planeta produzindo milhões de vitimas por ano, através das guerras, dos fundamentalismos religiosos, a xenofobia e o racismo. A autonomia política é negada por ditaduras e autoritarismo, que em si já é a mais abjeta das formas de barbárie ou transformada em coreografia eleitoral encenada de quatro em quatro anos. A autonomia intelectual, baseada na visão secular do mundo, está sendo explodida pelo reencantamento do mesmo através do esoterismo, das magias, de seres imaginários como bruxas e duendes e das peregrinações esotéricas a Santiago de Compostela .

No Brasil estamos vivendo a revolta antimoderna sem jamais termos vivido a modernidade, o universalismo é repudiado pelo nacionalismo cultural e suas variantes que vão desde nativismo ao chauvinismo do regime militar. Existe um consenso no Brasil, que temos que desenvolver nossa própria cultura e rejeitar os modelos culturais estrangeiros. A individualidade submerge no anonimato do conformismo e trocada pelo hiperindividualismo que por sua vez é marcado pelo consumismo da Zona Franca e a lei de Gerson, levar vantagem em tudo. Em lugar da razão, mais aqui que em outros países, está em marcha uma re-sacralização do mundo. É o que se verifica nos cultos às pirâmides, na seriedade com que se consultam a astrologia e videntes e na mitologização da psicanálise.

O autor apresenta como solução para a crise, o repensar a modernidade, em busca de uma alternativa neomoderna capaz de manter o que existe de positivo

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