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2775 palavras 12 páginas
A História

Os sonhos sempre exerceram fascínio na humanidade desde a antiguidade, inclusive entre os egípcios e, particularmente, entre os judeus do Antigo Testamento. No livro de Gênesis da biografia do patriarca José vemos também a importância da decifração dos sonhos no contexto bíblico. Em muitas culturas os sonhos eram considerados como uma forma de comunicar-se com o sobrenatural, uma maneira de se prever o futuro das pessoas. Num papiro egípcio datado de 2000 AC discute-se sonhos e suas interpretações. Era crença na Grécia Antiga de que o sonhador estava em contato com os deuses. [2]

Em 1900, Freud publicou sua obra Die Treumdeutung (A Interpretação dos Sonhos). Em seus textos, ele descreveu minuciosamente o trabalho dos sonhos, sua importância e utilização no processo analítico. Ele também afastou essa temática das crenças religiosas e culturais, as quais vinculavam o sonho a uma experiência premonitória e supersticiosa herdada da Antiguidade através do senso comum (OLIVEIRA, 2011).

O livro levou dois anos (1898 e 1899) para ser escrito e nele Freud construiu o pilar da teoria psicanalítica, passando a constituir o ponto de apoio para todo o desenvolvimento posterior da sua obra. Assim Sigmund Freud deu um caráter científico ao assunto. Naquele polêmico livro, Freud aproveita o que já havia sido publicado anteriormente e faz abordagens totalmente novas, definindo o conteúdo do sonho, geralmente como a “realização de um desejo”.

De acordo com Moura (2008), o livro a Interpretação dos Sonhos marca a passagem para um modelo que investiga não apenas as manifestações psicopatológicas, mas capaz de dar conta do psiquismo em geral. No Capitulo VI do livro, Freud elabora o primeiro grande modelo do aparelho psíquico. O psiquismo é composto por dois grandes sistemas: inconsciente e pré-consciente/consciente – que são separados pela censura, que através do mecanismo do recalque, mantêm certas representações inaceitáveis fora do sistema consciente. Mas

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