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518 palavras 3 páginas
Muitas vezes em momentos de dúvidas, incertezas e falta de confiança, disseram-me que eu deveria ouvir a voz do meu coração, e que somente assim eu acharia a resposta desejada. Durante essa tentativa frustrante de ouvir este órgão que bombeia o sangue no meu corpo, cheguei à conclusão de que as pessoas estão enganadas. Não é o coração que devemos parar e escutar. Somos nós mesmos. Existem dois “eu” dentro da gente. O que faz e o que te faz pensar nas consequências antes de fazer. E sinceramente, seria até um pecado não dá ouvidos ao meu outro eu. Meu irmão gêmeo. Meu amigo. Ele não fala em um tom comum, ele grita. E ainda sim, muita das vezes eu insisto em ser rebelde e não seguir os seus conselhos. – Em quase todas elas o preço pago em virtude da minha teimosia, é alto –.

Hoje eu me vejo mais forte que ontem e automaticamente mais frágil que amanhã. Andei por ruas esburacadas que me fizeram frear inúmeras vezes quando tive pressa. O medo já não me apavora mais. Se ele bater na porta da minha alma, finjo que não ouvi. E se insistir, chamo o delegado da minha vida e denuncio contra invasão de privacidade. Olho-me no espelho e converso com o meu reflexo.

“Escute-me bem amigo. Mal começastes a caminhar sozinho e já ganhou tantas experiências. Se decepção pudesse ser acrescentada no currículo, precisaria de uma folha e meia de papel ofício. Sabe meu caro, admiro a tua postura como homem e sinto-me orgulhoso pela verdade que carregas no peito. Estamos juntos desde o nascimento até quando os fios brancos se fizerem muitos na sua cabeça. Fique atento amigo, o mundo sorri com olhos de maldade. Um dia quando sentir que a tua embarcação está naufragando, da tua infância sentirá saudade. Mas seja forte. E, por favor, não deixe os teus sonhos se romperem. É claro que o coração dói algumas vezes, afinal ninguém é de aço. Mas mantenha-se firme aí fora que eu aguento as pontas aqui dentro. Ei bem amigo, virão amores que deixarão saudades, mas um dia acharás a metade que vai

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