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A crise da Geopolítica Clássica

A partir do final da Segunda Guerra Mundial, a geopolítica ingressou numa crise, ou seja, numa fase de questionamentos e inclusive de esgotamento de seus pressupostos fundamentais. Primeiramente, até meados da década de 1970, ela viveu numa espécie de ostracismo, pois os vencedores a identificavam com os vencidos ( o fascismo italiano, a política expansionista do Japão de antes da guerra e especialmente o nazismo alemão) e praticá-la ou mesmo escrever sobre ela ( a não ser que fosse para criticar) passou a ser não recomendável ou mesmo banido do mundo acadêmico e cientifico. É lógico que determinadas “escolas geopolíticas”, como no Brasil, no Chile ou na Argentina, continuaram a produzir a todo vapor –e muitas vezes até suas ideias serviam de base para politicas territoriais de seus Estados. Mas elas eram periféricas, existiam à margem das universidades e foram praticamente ignoradas no centro do mundo capitalista e mesmo na antiga superpotência socialista. Nos Estados centrais os pensadores que teorizavam sobre o equilíbrio mundial ou regional de forças eram considerados como estrategistas militares, principalmente, ou às vezes cientistas políticos, geógrafos ou sociólogos, mas nunca geopolíticos; eles muito raramente mencionavam a geopolítica clássica, a não ser para mostrar a sua falácia ou obsolescência.
A partir de meados da década de 1970, todavia, a geopolítica volta à ordem do dia, só que agora renomada, teorias a respeito do embate entre capitalismo e socialismo, da guerra fria e sua lógica, das perspectivas de uma terceira guerra mundial.
Provavelmente o pontapé inicial nessa “ retomada da geopolítica” foi dado por Yves Lacoste e seu grupo, reunido em torno da revista Hérodote.
O subtítulo da Hérodote passou a ser “Revista de geografia e de geopolítica” e logo ela se transformou no mais importante periódico geográfico acadêmico da França e acabou sendo clonada na Itália e na Espanha. Também nos Estados Unidos essa

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