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Agroanalysis Junho de 2011

Especial inpEV

A LOGÍSTICA REVERSA DAS EMBALAGENS
VAZIAS DE AGROTÓXICOS
João Cesar M. Rando*
Ao olhar pela janela de sua casa, o produtor rural de uma cidadezinha no interior do País se enche de orgulho. Poucas vezes viu uma lavoura tão bonita, viva e forte. Perto da hora de colher o que fora plantado meses antes, ele se lembra de todo o trabalho e esforço depositados naquele pedaço de terra. Desta vez, o volume colhido irá ultrapassar o dos anos anteriores.
Cenário comum em muitas partes do Brasil, o aumento significativo da produtividade no campo explica-se, em grande parte, pelos níveis tecnológicos crescentes adotados pelos produtores rurais ano após ano. Este desempenho contribui para que o agronegócio responda por cerca de 30% do PIB do País atualmente.
Ciente da importância de sua contribuição para a economia nacional, para a agricultura e o meio ambiente, o segmento de agrotóxicos investiu (e continua investindo), de forma pioneira na construção de um programa para a destinação das embalagens vazias do setor: o Sistema Campo Limpo. O sucesso do sistema, em funcionamento há nove anos, transformou o setor agrícola em referência para a implantação da política nacional de resíduos sólidos, modelo para a zona urbana e programas similares de gestão de diversos tipos de resíduos e motivo de orgulho para o País.
O processo de logística reversa das embalagens de agrotóxicos começou a ser organizado com o início das atividades do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) em março de 2002. Ele viabiliza o retorno das embalagens vazias aos fabricantes por meio do compartilhamento de responsabilidades.
O conceito de logística reversa é entendido como todo o processo pós-consumo que a embalagem percorre até chegar ao seu destino ambientalmente correto. A essa operação estão relacionados objetivos que motivaram a criação desse modelo e que tornam bem-sucedida a sua prática no Brasil:

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