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O período helenístico foi o último período da filosofia antiga marcado pela expansão do pensamento ocidental para diversas regiões, por exemplo, Roma. Nesse período, as cidades gregas não mais existiam como centros políticos, pois os filósofos acreditavam que o mundo em si representava a cidade e que eles eram cidadãos do mundo. Também conhecido como Filosofia Cosmopolita, esse período desprezava as fronteiras geográficas impostas pelas sociedades com o intuito de expandir o pensamento filosófico, já que acreditavam que, apesar das fronteiras, os seres humanos eram todos componentes de uma única nação, estando ou não em territórios geográficos diferentes. Nesse período ficaram conhecidos quatro sistemas que influenciaram o pensamento cristão: o estoicismo, o epicurismo, o ceticismo e neoplatonismo. A miscigenação entre a cultura ocidental e oriental fez com que a filosofia fosse acrescida com aspectos místicos e religiosos.
Uma característica da filosofia helenista é uma certa tendência para a sistematização e o dogmatismo. A escola filosófica torna-se o lugar da pesquisa em conjunto. Cada comunidade filosófica oferece aos seus membros um lar espiritual e auxilia na formação da identidade. O centro da filosofia é e continua sendo Atenas, onde Platão e Aristóteles haviam fundado as primeiras comunidades filosóficas. As especialidades que floresciam no helenismo, como a medicina, a matemática ou a filologia, em contrapartida, procuraram um novo lar, seja em Alexandria, Pérgamo ou Antioquia. Nessa separação espacial manifesta-se de forma sensível uma situação de concorrência entre as especialidades e a filosofia, que deve ser considerada na apreciação de certas particularidades da filosofia helenista. Pois, enquanto as especialidades viam a sua tarefa em investigar e sondar coisas desconhecidas, a filosofia estava mais interessada em ampliar e aclarar aquele saber que ela acreditava já estar à disposição. Os filósofos queriam transmitir uma verdade já conhecida em

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