2012 EOR1415

Work Levels e Inserção na Rede Social: um estudo em Comunidades Terapêuticas de
Curitiba e Região Metropolitana
Autoria: Beatris Kemper Fernandes, Luis Gabriel Abravanel dos Santos, Bruno Henrique Rocha Fernandes

Propósito Central do Trabalho:
O presente estudo pretende examinar a relação entre conceitos e a metodologia de análise de redes sociais e a noção de níveis de complexidade ou work levels. A análise de redes sociais é vista como um modo de promover uma ligação entre os níveis micro e macro nos estudos das ciências sociais. Nos estudos organizacionais, a análise de redes sociais tem sido utilizada em conjunto a vários campos de estudos, porém há uma carência de trabalhos que utilizem a metodologia de análise de redes associada ao conceito de níveis de complexidade ou work levels (JAQUES, 1978), tanto no Brasil como no exterior. Há poucos artigos tangenciando a questão, como Ibarra (1993), Clieaf (2004), Mattson (2012). Por níveis de complexidade
(work levels), entende-se o aumento no grau de abstração e a capacidade de resolver problemas de maior complexidade à medida que alguém se desenvolve profissionalmente.
Ora, é de se supor que, numa relação em redes, o conceito de work level esteja vinculado à centralidade, uma vez que indivíduos expostos a uma maior quantidade de links acumulam vivências que promovem o desenvolvimento de seu nível de complexidade; e, de forma recursiva, maior nível de complexidade reforça a visão estratégica, fortalecendo um papel central numa rede. A fim de estudar a relação entre níveis de complexidade e inserção numa rede, foi pesquisado o caso de uma rede de comunidades terapêuticas (CT) de Curitiba e
Região Metropolitana (RMC), composta por 38 atores. O estudo abrangeu três níveis de inserção em redes: as redes internas (quando instituições com mais de uma unidade sob mesma direção), a rede de CT, e as relações além da rede de CT.
Marco Teórico:
Uma rede de relacionamentos consiste na somatória das interações entre membros de