2000320

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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
Departamento de Microbiologia e Parasitologia

Disciplina de Microbiologia Geral

AULA PRÁTICA 05 – COLORAÇÃO DE ZIEHL-NEELSEN.
A) Material necessário:
- Lâmina para microscopia;
- lápis para vidro;
- alça e agulha de platina;
- solução salina ou água destilada;
- cultura de micobactérias;
- óleo de imersão, papel absorvente;
- suporte para lâminas;
- lamparinas, bico de Bunsen e isqueiro;
- Fucsina fenicada de Ziehl-Neelsen.
- Solução de álcool-ácido clorídrico 1%.
- Azul de metileno.
- Pote para descarte das lâminas
B) Fundamentação teórica:
Há bactérias que são resistentes à coloração, mas que uma vez coradas vão resistir fortemente à descoloração, mesmo por ácidos fortes diluídos e álcool absoluto. Às bactérias que possuem esta propriedade dizemos que são ácido-álcool resistentes (géneros
Mycobacterium e Nocardia). Esta característica é devida ao elevado teor de lípidos estruturais (ex. ácido micólico) na parede celular destas bactérias, que provoca uma grande hidrofobicidade, dificultando a ação dos mordentes e diferenciadores de corantes aquosos. O gênero Mycobacterium constitui um grupo que causa doenças no homem e nos animais superiores. No homem essas doenças variam de infecções superficiais até a tuberculose. As micobactérias são microorganismos encontrados com facilidade no meio ambiente, com exceção do Mycobacterium tuberculosis e M. leprae. Podem sobreviver por longos períodos no solo, pois produzem esporos. Apresentam-se como bacilos longos, delgados, retos ou ligeiramente encurvados, imóveis e aeróbios estritos.
Apresentam crescimento lento e alto conteúdo lipídico (ácidos micólicos) na parede celular. Esses lipídios são os responsáveis pela estabilidade ácida.
A coloração de Zehl-Neelsen foi desenvolvida em 1882 por Franz Ziehl e
Friedrich Neelsen. O método permite identificar os microorganismos que possuem paredes celulares, ricas em ácido micólico, capazes de resistir ao

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