2 Guerra

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FALTA DE AGUA NO BRASIL A água é, para os políticos brasileiros, como o petróleo para os petrocratas latino-americanos -- apenas um duto com fluxo contínuo, abundante demais para causar preocupação --. Exceto quando a coisa não é bem assim.
Apesar da tempestade de verão do fim de semana, o Rio de Janeiro está seco e seus reservatórios estão esgotados. O caso de São Paulo é pior: o Sistema Cantareira, formado por lagos interconectados que abastecem 8 milhões de pessoas, está recorrendo ao seu "volume morto", situação mais ou menos equivalente a quando o medidor de combustível do seu carro está no vermelho.
As chuvas de janeiro foram suficientes para provocar enchentes e abrir crateras nas ruas, incluindo uma que engoliu uma motocicleta em São Paulo, mas não para encher os reservatórios vazios e as represas do país.
Os especialistas vêm alertando há meses sobre o impacto da emergência climática -- sobretudo porque cerca de 68 por cento da energia do país é hidrelétrica --. No Brasil, fornecimento de água é fornecimento de energia. No dia 19 de janeiro, houve cortes de energia no Rio, em São Paulo e em sete outros estados brasileiros durante várias horas.
Os cientistas climáticos culpam o desmatamento na bacia amazônica, que causa danos à capacidade da floresta de bombear umidade de volta para a atmosfera. A resposta oficial é de que a crise é pontual, uma conspiração extemporânea causada por picos de temperatura e escassez de chuvas. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, descartou recentemente o racionamento de energia, admitindo que o Brasil tinha problemas técnicos, mas não uma carência de capacidade na rede. Como Deus nem sempre é brasileiro, Braga anunciou também um aumento da tarifa e incentivos para que os consumidores economizem água. "Sinceramente, eu não vejo riscos", disse ele.
Não ver riscos é parte do problema. Os brasileiros sempre se orgulharam de sua abundância. Nas escolas, as crianças cantam a respeito de seu "berço esplêndido" no

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