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Paradigma tradicional: Algumas implicações em nossas vidas

Embora a visão cartesiana do mundo esteja sendo questionada, sabemos que o seu sucesso permitiu o desenvolvimento científico-tecnológico do mundo atual. O desenvolvimento da ciência moderna possibilitou a democratização do conhecimento e técnicas extremamente eficazes para construção de novos conhecimentos e pela presença de um espírito científico de investigação aberta e validação pública do mesmo. Apesar disso, o reducionismo representou um certo perigo a partir do momento em que o método analítico moderno, fruto do racionalismo científico, foi visto como a explicação mais completa, a mais válida do conhecimento, focalizando as partes; ao conhecer as unidades constitutivas, ao retalhar a visão da totalidade. Apresentou também um certo perigo quando começou a valorizar os aspectos externos das experiências ignorando as vivências internas do indivíduo, ao fundamentar-se sobretudo na razão e nas sensações expressas pelos cinco sentidos.

A ciência clássica criou um mundo pentassensorial limitado pelos sentidos do qual podia se manipular e controlar as coisas. No entanto, reducionismo e holismo* (holismo é o não-reducionismo, por ser oposto ao reducionismo), integrados de forma equilibrada, nos permitindo chegar a um conhecimento mais profundo e mais completo da vida.

Hoje em dia, criticamos a excessiva ênfase ao método cartesiano que impregnou fortemente o paradigma dominante da ciência moderna que, com o passar dos séculos, provocou a fragmentação de nossos pensamentos, a unilateralidade de nossa visão , direcionou a educação à supervalorização de determinadas disciplinas acadêmicas, uma vez que todos os fenômenos complexos precisam ser reduzidos para serem estudados. Nos dias atuais, começou a erosão nos alicerces religiosos que sustentavam os valores da civilização ocidental em consequência do tipo de ciência que passou a predominar: uma ciência materialista, determinista, destruidora, cheia

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