1808

866 palavras 4 páginas
No início do século XIX, Portugal era um país decadente, atrasado e extramente religioso, sendo avesso à manifestações libertárias e de pequena população. Sua frota marítima já não chegava aos pés do que fora em tempos passados. O país não buscava a modernização de seus costumes e idéias, sentindo grandes dificuldades financeiras e demográficas. Como se percebe, estava na contramão da história, distante da revolução industrial que se iniciou na Inglaterra em 1770.
Não bastasse esse atraso com relação aos demais países europeus, tinha Napoleão em seus calcanhares, cuja invasão ao território português não tardaria. No entanto, matinha antiga e profícua ligação com a Inglaterra, inimiga dos franceses. Utilizando-se dessa amizade, a família real trocou a proteção da esquadra marinha inglesa pela abertura de seus portos intramarinos. Com isso, rumou ao Brasil fugindo das garras do imperador francês.
A saída foi rápida e atrapalhada. Não houve discurso de despedida, apenas a fixação nas ruas de um decreto explicando as razões da partida e informando a aproximação das tropas inimigas. Para D. João VI, sua ida ao Brasil pouparia um derramamento desnecessário de sangue em caso de resistência. Permaneceria no Rio de Janeiro até que a poeira baixasse e toda a situação estivesse controlada.
Quando por aqui aportou, D. João VI deparou com uma colônia sem dinheiro circulante, predominando o escambo, o que limitava suas oportunidades comerciais, especialmente com a recente abertura de seus portos. A reduzida elite intelectual sofria a censura da corte que dificultava a circulação de livros e expressão da idéias, cujas reuniões para tais fins eram consideradas ilegais. Os escravos, aqui somando negros libertos, mulatos e mestiços, correspondiam a 2/3 da população, cujos brancos eram a minoria e tinham verdadeiro pavor de rebeliões.
O então Príncipe Regente, no entanto, optou por uma “imagem de rei benigno, que tudo provê e de todos cuida e protege”, sendo comuns os

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