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683 palavras 3 páginas
Atividade: Responda às perguntas da Atividade 3 (p. 25) do Fascículo. As respostas devem conter de 10 a 15 linhas.

01 - Neste texto, Gregório discorre sobre o quão efêmero são os bens do mundo. Para tanto, utiliza-se de uma linguagem rica em figuras próprias do período Barroco, dentro da chamada linguagem cultista. Identifique tais figuras e comente sobre seu valor para a construção do sentido no poema.

RESPOSTA: O
Texto trata de transitoriedade da vida, da enfermidade das coisas do mundo, tema bastante caro no barroco. O poema utiliza como exemplos da transitoriedade da vida o sol que não dura mais que um dia, a noite que segue a luz, a beleza que se acaba em tristes sombras e a alegria que se transforma em tristeza. Logo na primeira estrofe o poema trabalha com uma característica barroca: o pessimismo, isto é, uma visão negativa para as coisas do mundo e acentua os contrastes através das antíteses (sol/noite, luz/sombra, alegria/ tristeza). O poema faz considerações sobre a condição humana, diante da instabilidade do mundo. O caráter aflitivo é representado pelos hipérbatos “Depois da luz, se segue a noite escura”, “em triste sombras morre a formosura”, “ Em continuas tristezas, a alegria” (versos marcados pela elipse de um termo: morre, artificio muito comum durante época barroca.)
Na segunda estrofe, outra característica do estilo barroco é apresentada a duvida, a incerteza, marcadas pelo paralelismo construído através das interrogações, contem perguntas sem respostas.
A consciência angustiante da fugacidade da vida, da brevidade das alegrias e da passagem do tempo que tudo destrói são expressas nas ultimas estrofes por meio de paradoxos, onde o poema funde os opostos, “ E na alegria sinta-se tristeza” (3º Estrofe) o que gera o verso síntese, “A firmeza somente na inconstância” (4º estrofe).
Sendo assim despois de demostrar a enfermidade das coisas do mundo, o poeta afirma que a única coisa firme, constante, é o fato de nada ser constante.

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