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Com alimentos cada vez menos saudáveis e modos de vida cada vez mais sedentários, a obesidade vem aumentando os casos de diabetes e de problemas do coração, matando já 2.8 milhões de adultos por ano no mundo. O número atual de 1.4 bilhões de adultos no mundo com sobrepeso deverá explodir.
Em outros vinte anos, se as coisas continuarem como estão, pode bem ser que de 50 a 60% da população mundial adulta esteja acima do peso.
A culpa está na disponibilidade e no preço relativamente barato de alimentos de altas calorias e em uma urbanização que tem levado a estilos de vida cada vez menos ativos.
Além disso, a obesidade impõe custos aos sistemas de saúde públicos e privados que têm significado um impedimento ao crescimento econômico. Empresas de alimentos e bebidas estimulam a crise, e as indústrias farmacêuticas lucram vendendo remédios. Um valor cumulativo de U$ 47 trilhões poderá ser perdido nos próximos vinte anos devido a doenças não comunicáveis e problemas mentais, e a obesidade deverá responder por 44% dos custos com diabetes e 23% dos custos com doenças do coração, de acordo com dados do Forum Econômico Mundial.
No Brasil, as coisas não são diferentes, como mostra o contundente documentário Muito Além do Peso. O filme fala das crianças que, obesas, não podem mais desfrutar de sua infância e terão de carregar para o resto de suas vidas (que podem ser muito encurtadas) problemas como doenças do coração, depressão e diabetes.
Crianças acima do peso são discriminadas e estigmatizadas na escola e fora dela, não participam das mesmas atividades que seus colegas, e ao cresceram terão dificuldades de namorar ou até, nos dias de hoje, de conseguir um trabalho compensador - ou seja, são menos predispostas à felicidade e a uma vida plena. Trinte e três por cento delas no Brasil, diz o documentário, pesam mais do que recomendam os padrões saudáveis. Pior - por falta de educação, da destruição de culturas alimentares

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