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4331 palavras 18 páginas
BIOÉTICA
A bioética, apesar de ser considerada uma ciência relativamente nova, tem seus fundamentos enraizados há milênios na filosofia greco-romana, cujos princípios éticos norteavam a vida sócio-político-econômica daqueles povos. A decisões políticas, nas civilizações greco-romanas, eram sempre discutidas nos conselhos das cidades, junto aos filósofos, cujas análises e decisões geravam subsídeos para as argumentações sobre o que era considerado moral ou imoral, aplicável ou não à sociedade. Etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos que significa costumes. Portanto, ética - a “ciência dos costumes”- é a parte da filosofia que trata das obrigações do homem, com seus princípios aplicados no cotidiano das pessoas.
A ética apresenta um caráter temporal e atemporal. A característica da ética atemporal é a sua capacidade de vigorar através dos tempos, estando sempre viva e una na sociedade.
Esta tem a habilidade de fortalecer os valores da bondade, dignidade, responsabilidade, altruísmo, entre outros, que enobrecem a alma humana. Por outro lado, a ética temporal lida com questões pertinentes a cada época da história, ou seja, provoca questionamentos filosóficos mutáveis e transitórios. Por exemplo, o movimento feminino na década de 6070 levou, não só à mudança da conduta feminina com a conquista de seus direitos sociais, como também influenciou profundamente a mudança de todo um modelo de sociedade, onde as decisões político-econômico-sociais eram antes centralizadas na figura masculina. A ética esteve “adormecida” por um grande tempo na história, na Idade Média, com a perseguição e queima dos filósofos e defensores da liberdade humana. Este foi considerado o período das sombras, no que se diz respeito à cultura, à arte e ao desenvolvimento científico-político-social. Nesta época, muito do conhecimento filosófico/ético se manteve e se desenvolveu com os árabes. Entretanto, o estudo e aplicação dos valores éticos na sociedade

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