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A nossa Constituição nos fala no Art. 3º - III: devemos erradicar (eliminar) a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

Então, de acordo com o que diz nossa Constituição, nós devemos sempre lutar e defender a igualdade social e a igualdade entre os seres humanos, porém se nós defendemos a criminalização do aborto entramos numa contradição porque ir contra a legalização do aborto gera uma grande desigualdade social.

Porque, no nosso país estima-se que ocorrem por ano mais de 1 milhão de abortos, e eles acontecem principalmente entre mulheres de classes mais humildes e com pouco recurso financeiro o que não quer dizer que mulheres que são ricas não abortam, porque elas também abortam, porém elas tem a oportunidade de ir para um país onde o aborto é legalizado e passarem por esse procedimento com toda a segurança e o aparato dos médicos sabendo que de lá sairá bem e com vida.

Então, como vamos conseguir essa igualdade que se fala na Constituição se em um mesmo país duas mulheres distintas, uma sendo rica e a outra sendo pobre, elas sendo submetidas ao mesmo procedimento, que é o aborto, uma tem seu direito à vida assegurado e a outra não sabe se poderá sair viva ou sem nenhuma sequela.

Então a desigualdade fica muito grande quando o aborto não é legalizado.

Por isso precisamos abrir nossos olhos e enxergar que essas mulheres que tiveram de fazer a escolha do aborto são cidadãs portanto são alvo e objeto dos direitos humanos também.

Ressaltando que nos países onde o aborto foi legalizado não houve qualquer aumento significativo do número de abortos realizados. Então porque aqui seria diferente?

Portanto, nossas leis devem ser reversíveis e compatíveis com a dignidade humana. Porque uma vez que elas não são, elas devem ser reavaliadas e também modificadas para a melhoria, na vida da população.

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