128460 Quadro crise do racionalismo em Nietzsche

Quadro III
Iconoclastas do racionalismo: Nietzsche

Contexto da crise do racionalismo: aspectos históricos
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No final do séc. XIX os efeitos colaterais do projeto iluminista de civilização permaneciam tão visíveis quanto no início do século, mesmo depois de todas as ciências e de todas as tentativas de corrigi-los.
As cidades continuam foco de tensões e miséria, contrariando as utopias das décadas anteriores, que as preconizaram como o lugar da democracia e da liberdade. Nasce um sentimento de recusa da vida urbana, sendo a cidade muitas vezes vista como o lugar da ganância, do individualismo, da padronização cultural e da perda dos valores solidários.
Se a primeira Revolução Industrial ( da caldeira, do carvão e da máquina-a-vapor) havia causado grandes mudanças, mudanças maiores e mais traumáticas seriam causadas pela segunda Revolução Industrial ( da eletricidade, da sociedade de consumo). Guerras terríveis aconteciam em função do confronto das forças modernizantes com as tradições e, independentemente de quem vencia, o resultado costumava ser trágico e sofrido.
O imperialismo britânico impõe uma modernização predatória que espalha a miséria por todos os continentes, dando as primeiras mostras da selvageria global do capitalismo No Brasil, por exemplo, pela primeira vez, ocorre a fome. O mesmo acontece na
África e na Ásia.

Contexto da crise do racionalismo: situação da cultura
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A cultura européia do fim do séc. XIX experimenta um sentimento de decadência, ao ponto de alguns artistas usarem o rótulo “decadentismo”. As utopias, tão comuns no início do século, dão lugar às distopias como as da ficção científica.
Nas artes o momento apresenta grandes gênios, mas que optam por atuar isoladamente, muitos deles recusando participar da cena cultural, por considera-la muito artificial: muito glamour para pouca inteligência.
O pensamento tende a recusar todas as tradições e é importante considerar que o próprio racionalismo moderno já é,nesse