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Urbanismo Unitário – “teoria do emprego conjunto de artes e técnicas que concorrem para a construção integral de um ambiente em ligação dinâmica com experiências de comportamento” (IS, 1958).
Contrários ao funcionalismo, estes grupo queria que a sociedade desviasse o urbanismo e a arquitetura e os utilizassem para construir situações, ou seja, provocar a revolução. A crítica categórica ia mais longe, enquadrava a atividade do planejador como crime:
Se o planejador não pode conhecer as motivações comportamentais daqueles a quem vai propiciar moradia nas melhores condições de equilíbrio nervoso, mais vale integrar desde já o urbanismo no centro das pesquisas criminológicas.
(VANEIGEM, 1961)

Já o Urbanismo Unitário é a luta contra o espetáculo (passividade), contra a não apropriação da situação por parte dos sujeitos. O ambiente que é criado com a força de trabalho dos proletários está disposto, pois, contra eles.
Mas retornemos ao Urbanismo Unitário. O seu entendimento sobre o desvio inconsciente por parte dos habitantes sugere que os figurantes mudam seu ambiente mesmo que não apelem para uma completa remodelação do espaço. Porém o que se busca não é, como afirma Certeau, as mudanças diante da necessidade da construção cultural, mas um consciente desvio
(détournement) – “abreviação da expressão: desvio de elementos estéticos pré-fabricados. Integração de produções artísticas (...) em uma construção superior do ambiente” (IS, 1958) – conforme a satisfação coletiva. Pois diferente dos urbanistas que consideram a cidade como o espaço funcional da vida humana, a I.S. entende que a cidade deve ser o ambiente voltado para o prazer e libertação do humano, no caso o jogo.

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