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4808 palavras 20 páginas
1- INTRODUÇÃO

Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988,importantes mudanças ocorreram, redefinindo as prioridades da política de saúde no Brasil. O seu artigo 196, a saúde é direito de todos e dever do Estado. (BRASIL, 1988). Ela também instituiu um sistema de saúde para ser implementado, o Sistema Único de Saúde (SUS), que foi regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde 8.080 de 19 de setembro de 1990 (BRASIL, 1990a), e pela lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990 (BRASIL, 1990).
O Sistema Único de Saúde, através de seus princípios e diretrizes, implica na construção de práticas inovadoras em saúde, a partir da gestão, do planejamento e do processo de trabalho organizado de acordo com reais necessidades dos usuários dos serviços de saúde. Para superar o modelo hegemônico de assistência centrado na atenção médico-hospitalar e em práticas curativas, o Ministério da Saúde, em 1994, adotou o Programa Saúde da Família (PSF), mais adiante considerado uma estratégia – Estratégia Saúde da Família (ESF). Saúde da Família, priorizando a prevenção de doenças e promoção da saúde com participação da população, buscando a integralidade dos cuidados
O modelo biomédico, o qual considera a tecnologia médica como único caminho para melhorar a saúde, não incentiva o estabelecimento de vínculo efetivo entre os usuários e os profissionais que, pouco motivados à responsabilização com a saúde da comunidade, limitam-se a abrir as suas portas e a esperar que a população procure atendimento. Já na Estratégia Saúde da Família, a assistência está organizada dentro de uma nova lógica, com maior capacidade de ação para atender às necessidades de saúde da população de sua área de abrangência, prestando atenção continuada à comunidade, acompanhando integralmente a saúde da criança, do adulto, da mulher, dos idosos. Deste modo, é preconizada a assistência universal, ou seja, a todas as pessoas que vivem no território sob sua responsabilidade, sendo esse território não apenas uma área

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