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Bullying no trabalho: como lidar com essa situação

Diferente do que muita gente ainda pensa, situações de bullying no trabalho ou, como é mais conhecido, assédio moral, nem sempre são protagonizadas por gritos histéricos de um chefe descontrolado. Muitas vezes - muitas mesmo, o bullying parte dos próprios colegas, em meio a brincadeiras que para uns podem ser inocentes, mas para outros, agressivas. "O bullying nada mais é que uma forma de agressão psicológica que deixa a vítima sem ação, faz com que ela se sinta mal, desconfortável", aponta a psicóloga Sâmia Simurro, vice-presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida - ABQV. "A essência é denegrir, humilhar a outra pessoa, de forma que ela se sinta constrangida", completa a coach Daniela do Lago.

Assim, não é tão fácil identificar um assédio moral e, mais, nem sempre o agressor tem conhecimento das dimensões do que faz para determinada pessoa. Por isso, Daniela alerta - é preciso ficar mais atento com a maneira como age com os colegas. "Não defendo um ambiente de trabalho sério e carrancudo, só acho que as pessoas têm de prestar mais atenção aos limites das outras. Não é porque uma coisa pra mim é natural e não me ofende que será igualmente visto pelo meu colega. Cada um tem uma reação perante determinada brincadeira, e precisamos respeitar mais essas diferenças", aponta a coach.

Segundo ela, quem mais sofre com assédio moral em forma de brincadeira são pessoas com características marcantes, que chamam atenção. "Não que sejam os únicos, mas esse grupo acaba sofrendo mais com piadinhas dos colegas de trabalho e é justamente quem tem tendência a já carregar um trauma anterior", diz Daniela.

Mas as brincadeiras são apenas uma forma de como o assédio pode acontecer. Há muitos outros casos, como falta de respeito, abuso de poder para coagir as pessoas, palavras de baixo calão e por aí vai. Independente de qual seja a forma de assédio, segundo as especialistas, o melhor é encarar a situação.

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