11 de setembro

Os EUA (des)mascarados

11 de setembro (Bertrand Brasil, 2003, 160 páginas) é uma obra composta por uma série de entrevistas feitas com Noam Choamsky por diversos jornalistas estrangeiros no mês que se segue ao atentado ao World Trade Center e ao Pentágono. O livro é composto por 7 capítulos e 2 apêndices, onde são explicados por meio de perguntas e respostas o plano de fundo do atentado.
O autor Noam Chomsky é professor de linguística no Massachusetts Institute of Technology (MIT) desde o ano de 1995, sendo também um escritor e renomado ativista político. Chomsky foi descrito por Robert Fisk no ano de 2002 como “[...] um dos maiores filósofos e linguistas da América [...]”. O autor também está, de acordo com o Institute for Scientific Information, entre os 10 autores com o maior número de citações em periódicos acadêmicos entre 1980 e 1992 (Marx, Lenin, Shakespeare, Aristóteles, a Bíblia, Platão, Freud, Noam Chomsky, Hegel e Cícero, em ordem).
No primeiro capítulo do livro com o nome em inglês de “Not since the war of 1812”, o autor começa dizendo que este ataque foi muito importante para a história mundial não por sua escala ou caráter, mas pelo seu alvo, visto que para os EUA esta foi a primeira vez desde a Guerra de 1812 que o território nacional esteve sob ataque ou mesmo ameaçado. Pearl Harbor, mesmo tendo sido atacada em 7 de dezembro de 1941, é somente uma colônia, não constando como ataque ao território nacional.
Em toda a história americana esta é a primeira vez que “as armas foram direcionadas a outro lugar”, nas palavras do autor. Esta foi uma mudança drástica, que levou a Europa ao choque, pois, com raras exceções, nenhum país da Europa sofreu um ataque de suas vítimas. O entrevistador (em nome do jornal italiano “il manifesto”) acredita que os ataques não oferecem um novo cenário político, mas a existência de um problema dentro do “império”, baseado em autoridade e poder.
Um ponto largamente comentado neste capítulo trata da utilização da palavra