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O texto começa falando de um sistema dividido em duas unidades sociais : o indivíduo e a pessoa .Que abre caminho para a malandragem o jeitinho e o “sabe com quem está falando?”
Isso cria um sistema confuso onde o coração dos brasileiros balança. Em países como a Inglaterra, França e EUA a lei não é feita para explorar ou submeter o cidadão lá a lei é instrumento que faz a sociedade funcionar bem, enquanto no Brasil a lei baseia-se no “não pode” a palavra “não” que submete o cidadão ao estado. Assim, entre o “pode” e o “não pode” escolhemos a junção dos dois que produz todos os tipos de “jeitinhos”. Com a dificuldade brasileira de juntar a lei com a realidade social diária surge a malandragem. Por tudo isso não há no Brasil quem não conheça a malandragem, que não é só um tipo de ação concreta situada entre a lei e a plena desonestidade, mas também, e, sobretudo, é uma possibilidade de proceder socialmente, um modo tipicamente brasileiro de cumprir ordens absurdas, uma forma ou estilo de conciliar ordens impossíveis de serem cumpridas com situações específicas, e também um modo ambíguo de burlar as leis e as normas sociais mais gerais.
Então malandro é a aquele que como todos nós, sempre escolhe ficar no meio do caminho, juntando, de modo quase sempre humano, a lei impessoal e impossível, com a amizade e a relação pessoal, que dizem que cada homem é um homem e que cada caso deve ser tratado de modo especial.
A malandragem, assim, não é simplesmente uma singularidade inconsequente de todos nós. Ou uma relação de cinismo e gosto pelo grosseiro e pelo desonesto. É muito mais que isso. De fato, trata-se mesmo de um modo jeito ou estilo profundamente original e brasileiro de viver, e ás vezes sobreviver. Num mundo tão profundamente dividido, a malandragem e o “jeitinho” promovem uma esperança de tudo juntar num totalidade harmoniosa e concreta. Essa é a sua importância, esse é o seu aceno aí esta a sua razão de existir como valor social.
Esse é o nosso país,

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