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1839 palavras 8 páginas
Independência da América Espanhola
Processo de emancipação das colônias espanholas no continente americano durante as primeiras décadas do século XIX. Resulta das transformações nas relações entre metrópole e colônia e da difusão das ideias liberais trazidas pela Revolução Francesa e pela independência dos EUA. Recebe influência também das mudanças na relação de poder na Europa em consequência das guerras napoleônicas.
Durante o século XVIII, a Espanha reformula aspectos de seu pacto colonial. A suspensão do monopólio comercial da Casa de Contratação de Sevilha dá maior flexibilidade às relações comerciais entre metrópole e colônia. Mas, ao mesmo tempo, procura impedir o desenvolvimento das manufaturas coloniais e combate o contrabando inglês. Essas medidas contrariam os interesses da elite colonial, os criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América), que lideram a maioria dos movimentos emancipacionistas. Eles são considerados inferiores pela elite e proibidos de ocupar cargos públicos, civis ou militares.
As guerras travadas peloImpério Napoleônico alteram o equilíbrio de forças na Europa, que se reflete nos domínios coloniais. Em junho de 1808, Napoleão Bonaparte invade a Espanha, destrona o rei Carlos IV e seu respectivo herdeiro, Fernando VII. Impõe aos espanhóis um rei francês, seu irmão, José Napoleão (José I). Na América, os cabildos (instituições municipais que são a base da administração colonial), sob comando dos criollos, declaram-se fiéis a Fernando VII e desligam-se do governo de José I. Passam a exigir ainda maior autonomia, liberdade comercial e igualdade com os espanhóis.
Com a restauração da Monarquia após a derrota de Napoleão, a Espanha passa a reprimir os movimentos emancipacionistas. Diante dessa situação, a elite criolla decide-se pela ruptura com a metrópole. Conta com a aprovação da Inglaterra, que, interessada na liberação dos mercados latino-americanos para seus produtos industrializados, contribui militar, financeira e

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