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Segmentação e Posicionamento
1 – Dividir para conquistar
O Ford T foi o primeiro automóvel produzido em série, tendo sido construído, durante
19 anos (de 1908 a 1927), cerca de 15 milhões de unidades que permitiram motorizar os Estados Unidos.
Na época, as pessoas enfrentavam dificuldades com todos os meios de transporte disponíveis – manter um cavalo, o custo de uma carroça, os altos preços dos trens, navios e, principalmente, aviões.
Por isso, a possibilidade de comprar um carro, que por cerca de US$ 3.000 abria as portas para o deslocamento e transporte fácil e barato em um raio de algumas centenas de quilômetros, era maravilhosa.
A única opção disponível e acessível ao bolso popular era o modelo que vimos, e somente na cor preta. Quem quisesse outro modelo deveria encomendá-lo em uma oficina especializada, que o faria sob medida e entregaria após alguns meses, desde que pagasse algo em torno de pelo menos US$ 500.000.
Mas as pessoas aprendem, acostumam-se às novidades, e a opinião sobre aquilo que elas consideravam ótimo em um primeiro momento muda com o passar do tempo, a experiência do dia-a-dia e as novas expectativas. E esses mesmos consumidores já estavam achando problemas e defeitos, desejando mais opções que permitissem novos usos e que atendessem a novas necessidades que estavam sendo estimuladas.
O Ford T já não era mais visto como a “solução de todos os problemas” e, então, outros modelos foram surgindo no mundo para sanar os desejos e as necessidades dos consumidores.
Esse exemplo que citamos utilizando o segmento automobilístico também pode ser levado aos outros segmentos comerciais.
Até o começo da década de 1990 essa realidade era sentida fortemente na economia brasileira, centrada em uma oferta limitada de produtos e serviços. As grandes indústrias ofereciam opções engessadas, baseadas nas suas próprias percepções de necessidades, e os consumidores não tinham o poder de escolha.
Mas a abertura econômica ocorrida

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