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Na escrita, sabemos da necessidade de se respeitar a norma culta, a não ser que o tipo de texto não o exija. Por exemplo, um texto literário, no qual se reproduz a fala dos personagens, se estes estiverem no “papel” de pessoas comuns e o contexto permitir uma fala descontraída, então a norma padrão não precisa ser seguida à risca, com a finalidade de imprimir realidade ao texto.
Todavia, em geral, precisamos cuidar da nossa linguagem e, principalmente, do uso da norma padrão em textos do dia-a-dia. Por isso, passemos a algumas dicas sobre dúvidas que surgem ao ter-se que utilizar esse português mais formal.
a. O uso do que.
O que, bastante utilizado como um elemento de coesão, pode simplesmente introduzir uma informação complementar, como pode retomar um termo anterior. Veja nos exemplos:
(a) Ela me disse que não fará mais isso.
(b) O cão, que é fiel ao homem, jamais o trai.
No exemplo (a), o que introduz a segunda oração “que não fará isso”, complementando o verbo “disse” (Ela disse o quê?). Nesse caso, trata-se de uma conjunção integrante, pois esta é sua função, integrar o sentido da oração anterior.
Já no exemplo (b), o que relaciona-se ao antecedente “cão”, por isso é um pronome relativo. Ele poderia até ser substituído por “o qual”. A informação principal encontra-se na oração “O cão jamais trai o homem”. A segunda oração foi intercalada na oração principal, acrescentado-lhe uma informação.
Quando se usa o pronome relativo, ele pode introduzir uma informação complementar, mas de caráter genérico, e, nesse caso, a oração iniciada pelo pronome apresenta-se destacada entre vírgulas (ou travessões, ou parênteses). Esse tipo de pronome pode também restringir o termo a que se refere e, nesse caso, a oração introduzida por ele não fica destacada pela pontuação. Vejamos os exemplos:
(c) O homem, que é sensato, não comete esse tipo de erro
(d) O homem que é sensato não comete esse tipo de erro.
No exemplo (c), entende-se que todos os homens (a humanidade)

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