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1. Somos feitos de tempo

Somos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no tempo. É assim que produzimos a nós mesmos e a cultura que pertencemos.
Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudança. O presente não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado. Se resultamos desse devir, desse movimento incessante, é impossível pensar em uma natureza humana com características universais e eternas. Não nos compreendemos fora de nossa prática social, porque esta se encontra mergulhada em um contexto histórico social concreto.
Com a história da educação construímos interpretações sobre as maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. É indispensável que o educador consciente e crítico seja capaz de compreender sua atuação nos aspectos de continuidade e de ruptura em relação aos seus antecessores, a fim de agir de maneira intencional e não meramente intuitiva e ao acaso.

2. A história da história

A história resulta da necessidade de reconstruirmos o passado por meio da seleção e da construção dos fatos considerados relevantes e que serão interpretados a partir de métodos diversos.
A preservação da memória não foi idêntica ao longo do tempo. Variou também conforme a cultura.

As antigas concepções da história

Os povos tribais não privilegiam os acontecimentos da vida da comunidade, porque, para eles, o passado os remete aos primórdios, ás origens dos tempos sagrados em que os deuses realizavam os feitos extraordinários. Fazer história, nesse caso, é recontar os mitos sagrados que são reatualizados nos rituais pela imitação. Á medida que a sociedade se tornava mais complexas, o relato oral registrava pela tradição os feitos dos antepassados humanos, mas, ainda assim, na dependência da proteção ou da ira dos deuses. Na civilização micênica, na Grécia antiga, predominava o

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