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Núcleo Integrado de Pós-Graduação
A QUESTÃO DO PODER NAS ORGANIZAÇÕES1 wellington buno ADM PRO

A metáfora da organização vista como um sistema de atividade política desperta interesse à medida que nesta visão a análise dos interesses é abordada de forma consistente. Para Morgan (1996) as organizações, tal como os governos, empregam sistemas de “regras” como forma de criar e manter um ordenamento entre seus membros que apresentam interesses potencialmente diversos e conflitantes. A metáfora política pode também ser usada para esclarecer a vida organizacional no seu cotidiano uma vez que existem “arranjos” através dos quais as pessoas buscam satisfazer seus interesses particulares, embora isto nem sempre esteja explicitado. A análise política segundo Morgan (1996) pode desta forma, contribuir com contornos válidos para a análise organizacional posto que as formas de governar politicamente (Autocracia, Burocracia, Tecnocracia, Co-Gestão e Democracia) são variações comuns de regras encontradas nas organizações.
Uma maneira de se analisar a política organizacional e seus reflexos na transformação da organização é focalizar poder, interesses e conflitos.
Para Faria (2004), o significado do poder somente pode ser compreendido a partir de suas práticas, ou seja, das relações de poder. Neste sentido, o modo como o poder está enfocado ao longo desta revisão teórica vincula-se às relações de poder exercidas na organização. Mais especificamente, o poder neste estudo não aprofunda discussões sobre os significados filosóficos, históricos e macro-sociais. O poder neste trabalho é visto a partir dos interesses dos atores envolvidos e da sua influência especialmente em questões de autoridade e informação, considerando-se a organização como um sistema de atividade política.
A perspectiva organizacional do poder implica observar estudos que referem dominação e dependência. Morgan (1996) registra que um dos resultados dos estudos históricos de Weber foi a identificação de